Mercado da soja:
O mercado da soja começa a semana sob pressão devido às boas condições climáticas nas principais áreas produtoras nos EUA. O ponto de atenção da semana fica na confirmação das chuvas e temperatura, com foco cada vez mais importante no relatório do USDA no dia 11/08, sexta-feira. É esperado pelo mercado que o USDA corte a produtividade média da soja devido às más condições climáticas nas últimas semanas do mês de Agosto. Se isso não acontecer, é provável que o pico da soja em Chicago no ano já tenha acontecido.
Mercado do milho:
Para o milho a perspectiva climática também é favorável e, portanto, exerce pressão em Chicago. Os problemas da Guerra da Ucrânia continuam no radar, mas parecem não assustar muito o mercado.
O mercado físico no destino tem se valorizado devido a alta de prêmios em portos na América do Sul, com o produtor segurando os estoques no continente, mesmo com uma super safra no Brasil. Por outro lado, a China vem comprando de forma consistente o milho brasileiro, com 844 mil toneladas sendo exportado em julho para o país asiático.
Em reais, temos preços relativamente estáveis em relação a semana passada, com o preço do milho no porto de santos, na casa dos 61 reais por saca para o embarque em agosto.
Demanda Chinesa:
A demanda chinesa está totalmente coberta para agosto e setembro, e 50% coberta para outubro. No mês de setembro o Line Up já está definido, mas por outro lado as quedas de Chicago melhoram as margens de esmagamento na China e podem aquecer o mercado de prêmios no Brasil, que possui estoque na mão de produtores e que será necessário para cumprir os contratos de Ago/Set/Out até que a safra norte americana seja colhida.
Mercado de ações e dólar:
O dólar tem se mantido em alta e estável no Brasil, ainda reflexo da decisão do Copom quanto à taxa Selic. Já no âmbito internacional, o dólar tem se mantido mais forte devido aos dados pouco satisfatórios sobre o mercado industrial na China e na Europa.
Essa semana a atenção dos investidores está na divulgação do IPCA no Brasil e do Índice de preços do consumidor nos EUA.