Clima e safra nos EUA:
As chuvas de julho ainda não foram suficientes para melhorar as condições das lavouras de milho e soja nos EUA, mas parece que agora há um fôlego para recuperação. Além disso, a fase mais critica para o milho, é durante este mês, quando ocorre a floração e polinização das lavouras. Para a soja, o período seria a partir do dia 15 de Julho até 15 de Agosto.
Mercado brasileiro de Soja:
A comercialização da safra brasileira 22/23 acelerou nas últimas semanas, com a necessidade de abertura de espaço para milho e, não menos importante, devido a reação dos preços em Chicago, que melhoraram as cotações nos portos. No entanto, ainda está abaixo da média das últimas cinco safras, (66% ante 79%). Os produtores devem estar atentos as oportunidades criadas no contrato de Novembro, devido as oscilações do clima nos EUA. Para a safra 23/24, a comercialização também está devagar. Estima-se que apenas 11% da safra a ser colhida foi negociada, versus uma média de 24% nos últimos 5 anos. A impressão, no entanto era de que este ano muito volume seria feito através de Barter, devido a paridade favorável, mas parece não estar acontecendo, mais uma preocupação pela frente.
O line-up de navios de soja no Brasil, indica embarques de 9,929 milhões de toneladas de soja em grão em julho, acumulando 76,025 milhões de toneladas no ano. Parece que estamos caminhando bem para atingir os 92 milhões de ton esperado para este ano.
Mercado brasileiro de Milho:
O câmbio e a CBOT ajudaram a elevar os preços de porto e as exportações de milho. A colheita da safrinha avança com produtividades altas, mas enfrenta problemas de logística e armazenagem. O desafio da safra de milho será ainda maior que o da soja, já que os armazéns se encontram bem mais cheios e os preços não tem um horizonte de preço muito favorável. O Sorgo, que vem substituindo o milho segunda safra em muitas regiões, vem se mostrado cada vez mais viável, devido ao baixo custo de produção, mas os desafios de cadeia de consumo ainda são consideráveis.
Mercado de ações e dólar:
O câmbio abre a semana estável, em 4,86 reais. No Brasil, a expectativa é pelo pronunciamento do ministro da Fazenda Haddad, após avanços importantes no setor tributário na semana passada. Já nos EUA, os índices caíram durante a semana passada com o temor de que o FED aumente os juros após o relatório do mercado de trabalho de junho. A inflação norte-americana será divulgada no dia 12 e pode influenciar a decisão do FED no dia 21. Lembrando que alta de Juros nos EUA favorece a desvalorização do Real, portanto temos que ficar de olho.